segunda-feira, 26 de julho de 2010

A História dos Cosméticos

Fugindo um pouco dos ultimos tópicos que venho abordando, hoje resolvi postar uma matéria interessante que encontrei no blog Planeta Sustentável da editora Abril.

"A História dos Cosméticos:"

Uma mulher norteamericana média usa cerca de 20 cosméticos por dia e um homem médio, 6. Cada um desses produtos possui uma dúzia ou mais de componentes químicos e sequer 20% deles têm seus efeitos testados e considerados seguros. Ou seja, não temos ideia do que colocamos em contato com nosso corpo.

Foi pensando nisso que Annie Leonard, autora dos vídeos A História das Coisas e a História da Água Engarrafada, lançou, hoje, “A História dos Cosméticos”, que foi atrás de cientistas e descobriu que muitos produtos de higiene e beleza, de uso pessoal, podem causar câncer, problemas ao sistema nervoso e à saúde reprodutiva, além de asma e dificuldades de aprendizado.

Annie se submeteu a exames médicos e descobriu que seu corpo possui vestígios de ingredientes nocivos como mercúrio e chumbo, entre outros. O chumbo, por exemplo, está presente em boa parte dos batons. Ela descobriu que nem mesmo os produtos para bebês estão livres de uma série de ingredientes prejudiciais.

Baseada no que chamou de princípio do “toxics in, toxics out” – tóxicos para dentro, tóxicos para fora – a autora alerta que, se são inseridos produtos químicos que fazem mal à saúde nos cosméticos, evidentemente, eles afetam os trabalhadores das fábricas, a comunidade do entorno e os consumidores.

Ela também chama a atenção para a incoerência de certas marcas que fazem campanhas contra o câncer de mama, por exemplo, e, ao mesmo tempo, contêm ingredientes cancerígenos em suas fórmulas.

Mas o vídeo não traz nenhuma teoria da conspiração. Para Annie, as indústrias apenas estão agindo da mesma maneira que o faziam na década de 1950, quando as pessoas estavam deslumbradas com os avanços da indústria química e se esqueciam de olhar para os impactos de tantos produtos sobre nossa saúde.

Há fabricantes que alegam que a quantidade de ingredientes prejudiciais é tão pequena que não chega a causar nenhum dano real ao corpo humano. Pode até ser. Mas a combinação de vários produtos, diariamente, acaba gerando um grande volume de tóxicos em nosso organismo.

Esse problema só será resolvido, segundo o vídeo, quando a sociedade pressionar os governos a criar leis que dêem aos órgãos corretos o poder de verificar a segurança dos ingredientes e dos cosméticos para a saúde.

Hoje, o que impera é uma falta geral de regulamentação. Palavras como “herbal”, “natural” e “orgânico”, não têm nenhuma definição legal. Isso significa que qualquer um pode colocar essas palavras no rótulo de seu produto – e é exatamente isso o que as indústrias fazem. O que dificulta e muito nossas escolhas diante das prateleiras. Atualmente, a indústria de cosméticos é quem cria suas próprias regras de conduta que, além de tudo, são voluntárias.

Annie diz que muitas empresas responsáveis já desenvolvem cosméticos sem prejuízos à saúde e que a química verde tem se esforçado em encontrar ingredientes substitutos interessantes. Ela defende que os componentes tóxicos, independentemente da quantidade, sejam banidos dos produtos de higiene e beleza.


Enquanto as leis não são feitas, a autora sugere o site
Safe Cosmetics, que apresenta as melhores opções do mercado.

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